terça-feira, agosto 22, 2006

Só Cearense entende

Chico, cabra errado e bonequeiro, já melado depois de traçar um burrinho e duas meiotas , vinha penso, cambaleando, arrodiando o pé de pau , quando deu um trupicão que arrancou o chaboque do dedo.
- Diabeísso!
- Vai, cú de cana! -mangou a mundiça que estava perto.
- Aí dento! -disse Chico Chico estava ariado desde ontonti, quando o gato-réi que ele acunhava lá na baxa da égua, bateu fofo com ele pra ir engabelar um galalau estribado da Aldeota.
- É o que dá pelejar com canelau, catiroba, fulerage, - pensava ele- ganhei um chapéu de touro, mas não tem Zé não, aquela marmota tá mesmo só o buraco e a catinga.
Dá é gastura.
Chegando em casa se empriquitou de vez e rebolou no mato todas as catrevage da letreca: uma alpercata, um gigolete amarelo queimado e uns pé de planta que ela tinha trazido enquanto iam se amancebar.
Depois se empanzinou de sarrabui e panelada e foi dormir pensando nas comédias.

* se não conseguir entender, peça a um cearense pra traduzir

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

ó xenti,bebeu?
regina

22 agosto, 2006 12:32  
Blogger anouska said...

depois inda dizem que falamos a mesma língua... pior que isso só "grande sertão veredas", do mestre guimarães rosa. aliás, pior não, que isso é sacrilégio: melhor, muito melhor!

23 agosto, 2006 14:34  

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