sexta-feira, outubro 26, 2007

Gorda?!

Entre conversas amenas e risadinhas apaixonadas, tudo parece perfeito para uma de nossas amigas até que uma nuvem cinza paira no ar: "Eu adoro sua barriguinha". A única reação que ela conseguiu esboçar foi um olhar que continha um misto de ódio e profunda dor. O agente causador de tamanho absurdo no mundo feminino pára e fica com aquele olhar perdido no horizonte. Ela – tadinha – continua dando asas a sua imaginação fértil: "Pronto! Ele só pode estar pensando na minha barriga e sonhando com a inexistência dela. Como ele pôde??".

Amiga eu sofrei a sua dor. Depois de alguns minutos e de engolir em seco sete vezes sai uma voz trêmula: "Você me acha gorda?". Ele olha de lado e responde inocentemente, sem dar muita importância: "Não". "E porque barrriguinha se não sou gorda? Olhe nos meus olhos e não minta!" – momento de pura angústia. Tudo bem, às vezes é difícil segurar a onda. Daí ele já sentiu a tensão no ar. O carinha tenta consertar com um tapinha carinhoso e a frase "Eu te amo do jeito que voce é". "Como assim do jeito que eu sou?? Como eu sou?".

A menina não conseguiu mais conter a dor do orgulho ferido. E para completar ela tinha acabado de comer uns biscoitos recheados. Culpa. "Ihhh, estou preso nessa armadilha do ’eu sou gorda, é?´". Tentou escapar. Tudo bem que ela não está uma atriz Hollywoodiana, mas está sempre arrumada e nunca deixa de ser paquerada – ele que não vê. Depois de discutir o assunto duarbte três horas, dois dias depois o carinha nem lembra mais de nada. Mas a pobre da garota continua com a nóia. Sempre lembra disso antes de querer comer salgadinho e pensa se o refrigerante é realmente light. Antes de entrar em desespero diante do dilema "Ele me acha gorda?". Ela tenta se concentrar no "Eu te amo" que ele diz infinitas.

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1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Ah, isso é uma constante na vida de qualquer mulher. Sei muito bem o que é isso.

07 novembro, 2007 06:52  

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